quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A Bruxa do Céu Noturno

Não lembro quando o céu nublou
Não sei quando parei de andar
Minha vida é um dado que se lançou 
em um incerto jogo de azar

Solitário preso no escuro
Procurando a porta pro amanhã
O dia chega e o cinza invade tudo

Não sei quando o tempo nublou
Não sei quanto tempo passou

Já é difícil me concentrar 
com essas vozes
Quanto mais me perder no mar negro
do céu profundo
Com estrelas como lamparinas 
iluminando o papel

Não sei quando parei de andar
Não sei quando parei de ouvir

Medroso comecei a fugir
pra onde a luz ainda brilha
Fugindo das sombras que tanto zelei
Fugindo das sombras que eu inventei